Seca – um problema que assombra o país
Atualizado em 18/06/2020
publicado em 16 de novembro de 2017
Portugal atravessa um período de seca como não há registo nos últimos anos.
A seca é um fenómeno climático causado pela insuficiência de precipitação pluviométrica, ou chuva, em determinada região, por um período de tempo prolongado.
Segundo dados fornecidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e já divulgados, esta é a primeira vez que Portugal chega ao mês de Novembro com todo o território em situação de seca severa ou mesmo extrema.
Constata-se que no presente ano tudo piorou, quando era suposto melhorar. O último mês de Outubro foi o mais quente dos últimos tempos. Os recordes de temperatura foram ultrapassados, em particular no dia 15 de Outubro que se revelou fatídico no que toca a incêndios florestais também esses agravantes da situação de seca que já se vivia.
Num curto espaço de tempo, o país foi assolado por duas ondas de calor. A conjugação do calor com a ausência de chuva contribuiu para a redução da humidade nos solos, agravando assim o cenário de seca instalado. Segundo os mesmos dados do IPMA, no final de Setembro só 7,4% do território nacional estava na categoria mais grave de seca – seca extrema. Comparativamente, apenas um mês depois – final de Outubro – foi contabilizado já 75,2% de território, igualmente classificado nessa categoria. Dados que para além de elucidativos, são em tudo alarmantes.
Neste momento, as previsões não são as melhores e as consequências apresentam-se para já desastrosas, tanto para a agricultura e pecuária, como para os recursos hídricos e para o bem-estar das populações em geral.
Sobre este tema é importante a consciencialização e sensibilização da população, que pode desempenhar um papel de extrema relevância no que diz respeito à adopção de medidas preventivas como por exemplo: fechar a torneira enquanto escova os dentes ou se barbeia; assegurar-se de que não tem fugas de água, verificando regularmente a factura da água; se lavar roupa ou louça à mão, utilize o alguidar ou a bacia do lava-louça, evitando lavar com água corrente; adequar a rega à necessidade das plantas; optar por comprar electrodomésticos que consomem menos água e sempre que possível escolher programas económicos (ECO); aproveitar a água da lavagem de frutas e legumes para regar as plantas; fechar sempre as torneiras; não utilizar a sanita como caixote do lixo, porque cada descarga do autoclismo representa entre 10 a 15 litros de água; fechar a torneira enquanto se ensaboa, uma vez que por cada dois minutos no banho, gasta mais 40 litros de água; regar as plantas nas horas de menos calor devido à evaporação. Opte por um posto de máquinas de lavagem automática quando lavar o carro. Se usar a mangueira, o consumo poderá chegar até 400 litros de água.